Por que devo me interessar pela veracidade de uma notícia? Bom, se o fato de ser um profissional da informação já não lhe responde tal indagação, saiba que corroborar com fake news, seja criando, “curtindo” ou disseminando, é crime. Dentro da classe, o Conselho Federal de Biblioteconomia já adotou esta prática como sendo grave infração de ética da aplicabilidade profissional, plausível de perder o seu registro.
Na condição de bibliotecários, buscamos a fonte de toda e qualquer informação. Portanto, é inadmissível que possamos compactuar com falsas notícias, matérias sem fonte ou com “meias verdades”. A “liberdade da investigação cientifica” faz parte inclusive do juramento biblioteconômico, a ciência nos é a base e jamais, em hipótese alguma, a procedência que vem de um “grupo do WhatsApp” sem critério algum de fidedignidade à verdade. E, considerando que este aplicativo de conversa se tornou um dos maiores propagadores de inverdades, resolvemos fazer dele uma ferramenta contrária às estatísticas, ou seja, que o WhatsApp possa trazer a verdade.
Assim, estamos disponibilizando este canal para que você possa tirar sua dúvida sobre toda e qualquer notícia que considere falsa ou com meias verdades. Basta nos enviar o link da matéria, print ou mesmo o áudio e nós faremos a checagem pra você, lhe enviando a inteira verdade dos fatos.
O Instituto Butantan faz um alerta sobre as notícias falsas em torno da vacina “Coronavac”:
“É maldosa e leviana qualquer informação que circule sugerindo que as vacinas que estão sendo aplicadas pelo Butantan no projeto Serrana não estão surtindo efeito ou concorrendo para o aumento de mortes. Compartilhar informações sem embasamento científico é um desserviço à saúde. Para que a imunização seja considerada completa é preciso tomar as 2 doses e ainda aguardar 15 dias, o que ainda não ocorreu em Serrana. Por enquanto, a vacinação geral alcançou 65,3% do público alvo, que é de 28.380 pessoas. Somente 18.535 dos voluntários tomaram a 2ª dose. A vacina do Butantan é segura e eficaz e é a que está sendo aplicada hoje em 90% dos brasileiros. É preciso, ainda, aguardar e manter as regras sanitárias. E também fugir das notícias falsas.”
O Butantan já entregou ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde mais 3,4 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Somadas às 5 milhões de doses encaminhadas em 29 de abril, já são 8,4 milhões de doses enviadas em uma única semana e um total de 36,2 milhões de doses entregues desde 17 de janeiro, quando os carregamentos começaram a ser despachados da fábrica do Butantan para o Centro de Distribuição Logístico do Ministério da Saúde em Guarulhos – de onde as doses são enviadas aos estados e aos municípios para a vacinação da população.
Em janeiro, foram entregues 8,7 milhões de doses da CoronaVac ao PNI; em fevereiro, foram 4,8 milhões; e em março, 22,7 milhões. A expectativa do Butantan é finalizar o primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde, para o envio de 46 milhões de doses, até 30 de abril, e depois iniciar a produção do segundo contrato, de 54 milhões de doses.
Já estão prontas para serem entregues na primeira quinzena de abril mais 4,5 milhões de doses. Além disso, em 30 de março, foi autorizada a exportação de mais 6 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que devem chegar da China antes de 10 de abril. “Isso permitirá complementar as 46 milhões de doses e já iniciar a produção das outras 54 milhões de doses”, assinalou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, em coletiva de imprensa.
Portanto, que possamos sempre checar a informação diretamente na fonte, evitando assim que tenhamos ainda mais desinformações dentro de um cenário tão triste que assola o mundo e de modo especial o Brasil, país que se tornou o epicentro da pandemia mundial. E sim, profissionais da saúde, lamentavelmente, também propagam fake news. A imagem, aqui nesta notícia, mostra que a falsa informação sobre a vacina foi viralizada dentro de um grupo de WhatsApp justamente da área médica. Felizmente, enquanto pacos trabalhadores da linha de frente propagam mentiras, os verdadeiros profissionais atuam para salvar vidas, embasados na Ciência e sob o cunho da verdade.